Olá LPC, obrigado pelas boas-vindas. Sim, vou deixar uma apresentação.
Já agora onde eu disse que o território original da Palestina era na Jordânia, o que queria era dizer que uns 70-80% desse território era na Jordânia, obviamente West Bank, Gaza e não só também estavam incluídos.
Eu acho que Jerusalém deveria ficar para os judeus (e antes de mais, não sou judeu
), não só porque historicamente já era a capital deles ainda o islão estava longe de existir, mas porque os muçulmanos já têm muitos locais sagrados no mundo (Meca, aquela no Iraque que é sagrada para os xiitas porque é onde um primo do Maomé fez não sei o quê, e outras), enquanto que os judeus só têm aquela e pelos vistos nem com essa podem ficar.
Se não for possível isso então sim, uma cidade comum às 3 religiões e administrada por terceiros nem é má ideia.
Sim a religião pode ser um dos maiores problemas da Humanidade, ou apenas uma das maneiras em que o verdadeiro problema -ódios, nacionalismos, manipulação de massas-, se exprime mais. Como quem diz, se não fosse a religião era outra coisa qualquer.
O ódio contra judeus também é algo que me escapa, quer dizer não pode ser só a velha desculpa de que "são os que mataram Cristo", esses esquecem-se que Cristo e os apóstolos também eram judeus, e embora fosse o povo judeu a escolher, quem deu a ordem de execução foram romanos. Também dizem que na Idade média eram um bocado agiotas, mas não eram todos, e isso há quantos séculos foi? Os escoceses também têm fama de sovinas e ninguém os odeia (talvez os ingleses
)
Diz-se que o anti-semitismo é o ódio mais antigo e duradouro do mundo, e também o mais inexplicável, é como se já estivesse nos genes de muita gente.
Também me espanta porque é que este conflito inflama tanta gente mesmo que não tenham nada a ver com o Médio Oriente. Guerra da Síria, mortos no Sudão e outros ficam sempre em 2º plano. É por causa da suposta invasão de território? Invasão turca de Chipre, Frente Polisário em Marrocos, Inglaterra na Irlanda do Norte... nem se comparam as reacções. Dos curdos ninguém quer saber mas todo o seu território está nas mãos do Iraque, Irão, Síria e Turquia, e os curdos ao contrário dos palestinianos têm cultura e identidade próprias. Tibete já está mais que fora de moda, coitados.
Por isso em tempos quase pensei que os palestinianos estavam 'forrados a ouro' ou assim porque havia aparentemente tanta gente preocupada com eles e nada com outros, mas depois vi que refugiados palestinianos na Síria foram mortos às centenas pelo estado islâmico e decapitados, e nem um pio da comunicação social. Ou quando palestinianos são arrastados até à morte nas ruas por motas por serem acusados de espiarem para Israel. Ou os imensos refugiados palestinianos que vêem ainda hoje negada cidadania nos países que os acolheram como a Síria e Jordânia, pois isso implicaria que deixariam de ser refugiados e os países árabes deixariam de ter essa arma diplomática contra Israel.
No entanto quando um terrorista palestiniano mata gente e a polícia ou exército o mata para o parar, vem logo nos jornais, por vezes com o título de "palestiniano morto pela IDF" (ou seja, apeteceu à IDF). Quando há um simples lançamento de pedras contra carros militares e respondem com gás lacrimogéneo vem logo nas TVs com destaque.
O que me faz crer que os palestinianos não estão 'forrados a ouro' coisa nenhuma, aliás isto nunca foi acerca de palestinianos dos quais a comunidade internacional se está na verdade a c*gar.
É acerca de judeus/israelitas mesmo, pois só quando estes entram na história é que esta merece destaque, e quase sempre contra eles (aqui em Portugal nem tanto). Ora voltamos assim ao anti-semitismo, que é o que isto é mas disfarçado, só pode, porque há aqui claramente 2 pesos e 2 medidas. Isso e petrodólares de países árabes ricos que vão minando o Ocidente.
O problema do islão não é só a falta de um líder: o Nasser quase que o era e no entanto ele e outros países árabes declararam guerra a Israel e perderam feio na Guerra dos Seis Dias, o problema é que até hoje ainda não surgiu o Ghandi, o Martin Luther King, o Nelson Mandela do islão. Uma figura de paz muçulmana que renuncie sem reservas à guerra e à violência.
O problema do corão é que é a palavra exacta de deus, logo não se pode mudar uma vírgula ou está-se a ser herege e no islão mesmo de hoje isso significa morte. E parabéns por dizeres corão e não alcorão como muita gente erradamente diz, porque "alcorão" significa à letra "o corão", logo ao dizer "o alcorão" está-se a dizer "o 'o' corão"
Se os países à volta odeiam o conceito de um estado judeu, o problema é deles. Israel é 1% comparado com o território muçulmano à volta. Se são tão picuínhas em relação a 1% também se pode dizer que árabes e islão nem sequer são nativos do Médio Oriente, mas da Península Arábica.
Os muçulmanos também têm a mania que o que já foi outrora território muçulmano
-mesmo que antes fosse território dos verdadeiros donos, os nativos-, é território muçulmano para sempre. Olha como os mais radicais falam em reaverem o Al Andaluz (Península Ibérica), o facto de antes deles isto já ter sido cristão é sempre convenientemente esquecido.
O mesmo para Israel, que aquilo sempre foi território judeu mesmo quando a maior parte deles foi levada para o Egipto, depois como esteve na mão dos árabes e depois dos turcos, agora tem de ser muçulmano "para sempre".
O ódio a Israel também deve ser inveja porque eles não são cegos e vêem como Israel está hoje, e como em contrapartida os países árabes estão, mesmo tendo petróleo, e deve ser um sapo bastante difícil de engolir. Já foi falada aqui a gigantesca disparidade de prémios Nobel duns e doutros. Os muçulmanos com os seus mil milhões de pessoas têm 11 mas a maior parte é literatura e só 2 ou 3 são de ciências (e ainda há o Nobel da Paz para o Arafat, ahaha)
O islão sempre foi muito autoritário e dominador, muito
"converte-te, ou pagas-nos a dízima e ficas cidadão de 2ª na tua própria terra que agora é nossa, ou então morres". Não é coincidência isto ser parecido com o estado islâmico, pois estes disseram que foram buscar a mais literal tradução do corão.
Ainda assim na nossa Península eles ficaram mais moderados pois gostaram de cá estar (até causaram descontentamento nos outros muçulmanos que pensavam que eles estavam decadentes e moles).
Mas o território que açambarcaram foi todo conquistado à lei da espada, eles não tiveram apóstolos para tratar da conversão, por isso me rio quando as pessoas falam mal das cruzadas e bem dos muçulmanos da época, quando estes também tiveram as suas cruzadas e não foi pouco, muito território cristão como o Egipto, Síria, Norte de África foi assim conquistado com sangue.
É certo que no fim as nossas cruzadas já eram pilhagens e uma bastardização do conceito original, mas eles também as tiveram, e ao menos as 'nossas' foi porque os muçulmanos invadiram Jerusalém, lugar santo para os cristãos. Agora para iniciarem as cruzadas deles não tiveram qualquer provocação (queria-me rir se fossem os cristãos a invadirem Meca, mas disto não convém falar), foi por expansão religiosa e territorial.
Os palestinianos já andam a sofrer as asneiradas dos seus líderes há muito tempo, só que nem vêem, e ainda foram votar no hamas (parece que este comprou os votos, mas não sei).
Por ex o Arafat, que poderia ter tido um estado independente e com praticamente todo o território que queria (West Bank e tudo) e sabotou o processo.
E porque é que esses líderes sabotam os processos de paz? porque vêem que assim vão perder o poder sobre as massas, o carisma, a "Che-Guevarice" e quase deificação. Ou então porque não sabem fazer mais nada e têm medo do que vier depois.
Ainda assim podiam ganhar umas eleições mas talvez saibam que não são assim tão bons para governar um Estado de Direito e mais cedo ou mais tarde o povo iria votar noutros. E aí eles seriam iguais aos outros. Como é aquela frase,
«prefiro reinar no inferno do que ser um vassalo no céu»?
Não só isso mas ele tem contas bilionárias na Suíça, das quais os palestinianos ainda não viram um tusto.
Não só isso, mas aquela intifada que aparentemente foi causada pelo Ariel Sharon ter passeado no Temple Mount (sim pq para os muçulmanos os judeus não podem estar no seu local mais sagrado), hoje já se sabe que afinal foi premeditada pelo Arafat logo a seguir a ter destruído os acordos de Camp David,
a própria viúva dele o confirmou.
A Fatah está muito impopular na Cisjordânia, lá apoiam mais o hamas, tal como em Gaza. O Netanyahu não está tão disposto como os anteriores a fazer concessões embora não tenha fechado o processo. Deviam ter aproveitado antes. Tão cedo não vem a paz.
P.S.: Porque é que no meu post anterior a palavra "refugiados" aparece com cor e background cincento?
Bookmarks