A Plague Tale: Innocence - 5/10
Em termos gráficos, o jogo é um misto de bom e mau.
O bom é que usa o Megascans e por isso tem texturas muito realistas.
O mau é que usa uma carrada de Temporal AA, film grain, motion blur e chromatic aberration, que tiram muito do detalhe gráfico do jogo.
Felizmente dá para desligar estas coisas, editando um ini e o jogo fica bem melhor.
Mesmo assim, tem várias limitações técnicas, como por exemplo as animações dos ratos e o uso de um sistema de ambient oclusion muito fraco.
Em termos de som e música é bom. A música consegue criar um tom opressivo ou melancólico, que encaixa muito bem com o tema do jogo.
O voice acting é bom quanto baste.
A história começa bem e desenvolve-se de forma muito interessante. O setting do jogo é único e bem conseguido.
Temos uma praga, a inquisição e as personagens principais perdidas num mundo apocalíptico.
Pelo meio temos muitas situações que desenvolvem as personagens de uma forma competente.
Infelizmente, temos algumas personagens secundárias que têm pouco desenvolvimento.
E o mau, o chefe-inquisidor, é uma personagem superficial, com vários clichés de mau do filme.
Mas o grande problema da história, é que vai de séria e interessante durante a maior parte do jogo, para um completo disparate, nos últimos capítulos.
Este jogo podia ter sido muito melhor, caso não tivessem "jumped the shark", nos últimos capítulos. É mesmo pena.
No final temos super poderes para controlar ratos. Ratos a provocarem terramotos, tornados e sabe-se lá que mais.
E para cúmulo, o final é um combate entre tornados de ratos brancos e castanhos.
Em termos de jogabilidade, é apenas mediano.
O sistema de stealth é extremamente básico e consiste em pouco mais do que atirar uma pedra ou vaso para distrair os guardas e passar quando não estão a olhar.
Temos alguns puzzles para resolver, nada de complicado, mas são a melhor parte do jogo, em termos de jogabilidade.
O sistema de combate é um pouco mais interessante, mas foi feito para resolver puzzles e lidar com o inimigo ocasional. Não para matar ordas de inimigos, a torto e a direito.
E este é o problema do capitulo XVI, que é uma miséria, pois tenta atirar vários inimigos ao mesmo tempo e tem um boss final que é apenas irritante.
Nem consegui terminar o combate com o boss final de tão medíocre que é. Limitei-me a desinstalar o jogo e ver o final no youtube.
Se não fosse o capitulo XVI ser tão mau, teria dado uma nota mais alta.
Mas da forma que está, deixa muito a desejar. É pena, pois o jogo tinha muito potencial.
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