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    Tech Novato Avatar de Gyzdark
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    Unboxing e Review Xiaomi Hybrid Pro

    A embalagem e conteúdo:

    Tal como já nos habituou, a Xiaomi apresenta normalmente os seus produtos numa caixa minimalista, normalmente branca na qual muitas das vezes não aparece sequer representado o conteúdo, no caso, os Hybrid Pro não são exceção: a caixa branca, relativamente pequena (118 x 78 x 38mm / AxLxP ) tem apenas uma foto glossy, sem relevo, dos earphones propriamente ditos, nas laterais apenas o logotipo “Mi” da Xiaomi. Na parte posterior da embalagem vem então a descrição do produto e do fabricante em chinês, coreano/japonês(?) e em inglês.

    Deslizando o interior da embalagem vemos que o espaço está bastante bem aproveitado: no topo a caixa de tampa transparente que contém os fones e earbuds e na parte inferior uma caixinha completamente branca que contém uma bolsa de transporte. Por baixo da caixa dos fones vem um desdobrável muito simples, mais uma vez em chinês, coreano/japonês(?) e inglês, com breves instruções sobre os elementos, funções e utilização do produto.

    A caixa dos Hybrid Pro tem um design bastante simplista e apelativo e a presença do logótipo da 1MORE revela a procedência do conceito por detrás do produto, tal como tinha acontecido previamente nos anteriores Capsule da Xiaomi. A tampa transparente da caixa permite ver apenas a parte posterior dos fones e os logotipos da Mi e 1MORE design, abrindo-a dá-nos acesso aos 3 pares de erabuds extra de tamanhos diferentes e pode extrair-se o suporte dos fones propriamente ditos. Os Hybrid estão cuidadosamente enrolados no seu suporte em borracha macia e se na parte frontal podemos ver apenas a parte posterior dos fones, do outro lado temos acesso aos drivers e ao controlador.
    Infelizmente e tal como acontece na esmagadora maioria dos earphones do mercado, apesar de trazerem earbuds de borracha suplentes estes não são de facto suplentes para a eventualidade de se estragarem, são diferentes tamanhos e não há nenhum par repetido, na caixa trás os tamanhos XS, S e L e aplicados nos fones vem o tamanho que será o M, ou seja, se por qualquer eventualidade uma das borrachas for perdida ou se estragar a opção que nos restará será usar outro tamanho ou comprar novas borrachas.


    Os earphones:


    O excelente design dos Hybrid, compostos de um corpo de uma só peça em alumínio escovado com a inscrição “HD Audio”, assim como o controlador cilíndrico e os seus 3 botões elípticos facilmente distinguíveis ao tato, todo ele também e alumínio escovado sem qualquer inscrição torna-o muito apelativo e simplista, dando-nos a sensação de robustez, durabilidade e fiabilidade. As aplicações em plástico preto glossy dão um acabamento muito bom e de belo efeito, ficando a sensação de que estamos perante um produto premium a um custo budget.
    O cabo preto em borracha é bastante maleável oferecendo pouca resistência termina no jack 3.5mm, este também em alumínio escovado. A união dos cabos dos fones dá-se numa minúscula peça em plástico suave, com a mesma sensação ao toque do resto do cabo passando esta muito bem desapercebida. O controlador encontra-se no cabo do auricular direito, sensivelmente a meio deste, que tem no total 30cm de comprimento, pelo que quando os estivermos a usar, o controlador que contém também o microfone no seu interior, ficará muito perto do nível da nossa boca. Ambos os auriculares têm o mesmo comprimento de cabo. Após a união o cabo tem 90cm de comprimento até ao jack 3.5mm pelo que o comprimento total dos cabos será de sensivelmente 1,2m, mais que suficiente para que uma pessoa de altura média possa usar o transmissor em qualquer bolso das calças.

    O som:

    A primeira e imediata sensação que tive quando tirei os HyperX Cloud que estava a usar na altura e coloquei os Hybrid Pro foi a ausência de bass e a precisão do resto do espectro, mas bem, isto foi felizmente a impressão imediata de uma transição de uns circum-aurais gaming para uns in-ear mal colocados.
    Uma das razões que me levou a escolher estes fones foram as excelentes reviews que li por todo o lado onde supostamente a Xiaomi tinha finalmente conseguido corrigir a falta de graves que caracterizou os seus earphones anteriores como os Capsule ou os Piston, ora, a minha primeira impressão foi completamente oposta ao que tinha lido pelo que antes de tirar conclusões precipitadas decidi munir-me de tudo o que me poderia eventualmente proporcionar a experiência mais real possível. Escolhi as earbuds mais adequadas, procurei algumas faixas que me são familiares e outras com assinaturas sonoras características bastante vincadas em formato flac e CD’s áudio originais, eliminei todos os efeitos que o software adiciona e testei os fones em vários dispositivos, desde o computador ligado diretamente à motherboard, no smartphone e inclusivamente num rádio de bolso e leitor de mp3 de qualidade no mínimo suspeita. Não disponho de qualquer amplificador ou DAC, não tenho equipamento de qualidade profissional e não uso placa de som no computador pois duvido que a única que disponho, uma Crative Sound Blaster Live! 24bit com quase 20 anos, me proporcione uma experiência de som melhor que o circuito áudio da motherboard atual, a MSI Z170A Gaming M3 que dispõe do circuito Audio Boost 3 by Nahimic que já dá muito boas prestações, um som muito limpo e boa fidelidade.

    A avaliação foi efetuada tendo em conta faixas e utilizações tão distintas como aquele vídeo do YouTube “Virtual Barber Shop”, a Bohemian Rapzody, a incontornável Hey Nineteen do Steely Dan, algumas faixas de Linda Martini que me provocam múltiplos orgasmos auditivos nas suas camadas híper-imersivas de guitarras distorcidas, Marilyn Manson nos álbuns Mechanical Animals e Antichist Superstar pelo efeito público e a distorção megafone presente em muitas músicas, Vivaldi pela Boston Symphony Orchestra e Beethoven pela Chicago Symphony Orchestra pelas cordas e profundidade dos palcos, algumas faixas de Massive Attack pela subtileza e distinção dos graves, vários álbuns de Nirvana porque os conheço às cegas, os The Who com a Baba O’Riley pela característica utilização do stereo e o Umplugged in MTV da Alanis Morissette. Utilizei-os também para ouvir o relato de um jogo de futebol, efetuar chamadas telefónicas e passei umas boas horas a jogar com eles Just Cause 3, Rise of the Tomb Raider, Far Cry 3 e League of Legends.

    Após a correta colocação dos fones, que devem estar bem inseridos no canal auditivo, percebi por que é que as reviews falam bem dos graves dos Hybrid Pro. Eu não sou um gajo de graves, muito pelo contrário, sempre me fez espécie quando a pessoas precisam de um grande punch nos graves, não percebo a utilização dos “bass boost” e dos “loudness” em tudo quanto é aparelho áudio da Blaupunkt e Kenwood, não percebo o pessoal que põe os quadros lá de casa a tremer com a potência dos seus subwoofers overpowereds, para mim desvirtua o som e perde-se detalhe.
    Como termo de comparação utilizei vários dispositivos como earphones da Nokia que vinham com os telemóveis antigos, uns já bastante aceitáveis que vieram com o meu anterior LG Maximo G (E975), os meus HyperX Cloud II (com e sem dongle), os Sennheiser HD 219s que ofereci à namorada, uns Roccat Kave com 5.1 reais e a conclusão que tirei é que nenhuns, excepto os Sennheiser, chegaram perto da qualidade que encontrei nos Xiaomi Hybrid Pro.

    Os mais:

    O design sóbrio e elegante e a aparente durabilidade são sem dúvida um ponto forte. O cabo talvez pudesse ser melhorado, mas não é demasiado fino pelo que não se enrolam muito, trazer um suporte apropriado para os enrolar e uma bolsa é também uma mais valia.
    Quanto ao som, durante a utilização atenta dos Xiaomi Hybrid Pro o que Chama imediatamente à atenção é a excelente definição e clareza dos médios e agudos. Os clarinetes, xilofones, flautas, vozes, pianos, violinos e guitarras são os heróis da festa quando ouvidos através destes fones, o som tem uma limpeza impressionante, entradas e saídas claras e brilhantes e um som envolvente, já os pratos podem tornar-se um pouco estridentes apesar de definidos, parece-me que os fones têm uma assinatura clara e forte, talvez até demasiado, aos 4000Hz sendo que as frequências mais vivas e limpas estarão por volta dos 600 a 3500Hz e depois novamente a partir dos 8KHz. Obviamente que quaisquer in-ear vão ter algumas dificuldades em reproduzir graves, no entanto os Hybrid Pro conseguem fazê-lo bem com um kick suave mas presente, bastante aceitável e nunca desconfortável.
    Por tanto, a definição é o melhor dos Hybrid Pro. Ao ouvir uma orquestra conseguimos perceber o potencial destes fones que conseguem reproduzir com fidelidade os sons mais subtis, a clareza com que se distingue cada instrumento é impressionantemente boa, principalmente tendo em conta a faixa de preço em que se enquadram. Consegue ouvir-se tudo bem distinto e claro, os sopros mais graves têm corpo e presença e toda a orquestra tem profundidade. Eu diria que todo o espectro sonoro tem boa presença e definição, em rock/indie/alternativa eles brilham.
    A utilização em ambiente android é muito boa, os 3 botões permitem tanto o controle de media (faixa seguinte, anterior e play/pause) como o controle de chamadas (aumentar volume, diminuir e executar/desligar chamadas) e segundo experiências em vários telefones e chamadas em skype a qualidade do microfone é bastante boa. Devido à equalização característica, obviamente que as vozes durante as chamadas saem favorecidas.

    Os menos:

    Ao ouvir por exemplo a Unfinished Sympathy dos Massive Attack percebemos exatamente a assinatura destes fones e as suas falhas, foi a faixa que encontrei que mais claramente aponta os defeitos dos Hybrid, bem mais que as suas virtudes. O bass subtil da intro está lá, não tão intenso e profundo como nas numas colunas ou nuns over-ear de qualidade, mas estão presentes e bastante claros, mas sente-se falta de profundidade e impacto, a voz da Sahra Nelson aparece sibilante e os sinos agressivos, tanto que quanto a mim torna a musica praticamente inaudível no Youtube, em .flac a coisa é suportável, mas no Youtube só me apetece arrancar os fones dos ouvidos. Ao ouvir uma orquestra, obviamente que sentimos falta de um palco amplo, mas bom, isso é característica dos in-ear, no entanto uma profundidade de som aceitável acaba por compensar. No geral, o som característico destes fones pode soar um pouco seco, um pouco metálico e duro, mas sem chegar a ser estridente, efeito de uma presença bem marcada, talvez demasiado, por volta dos 4000Hz.

    Conclusão:

    Não são os melhores fones do mundo, ainda assim conseguem muito boas prestações, principalmente se tivermos em conta que custaram 25€ é muito provavelmente do melhor que se consegue. Julgo que poucos headphones que por aí andam nessa faixa de preço conseguem um som tão bom. Têm um som bastante equilibrado e principalmente definido, no entanto se formos um bocado esquisitos é impossível dispensar um equalizador para colocar um pouco mais de graves no início do espectro e sem dúvida retirar intensidade nos médios-agudos. A meu favor, foi um dos fatores que me empurrou para este modelo, o meu smartphone (Xiaomi Note 3 Pro) possui um perfil para usar com estes fones que faz exatamente isso, permitindo-me tirar bom partido deles. Voltaria a comprar novamente principalmente pela qualidade do som e pela integração com os dispositivos Xiaomi.
    Em gaming são competentes, não é o seu forte obviamente mas a precisão do som faz com que seja uma experiência agradável conseguindo uma boa localização e perceção espacial, são confortáveis qb e muito leves. Em chamada são muito bons e o peso do controlador é tão pouco que não o sentimos apesar de estar pendurado no ouvido direito.

    -> 6,5/10
    Última edição de Gyzdark : 03-05-17 às 03:52
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  2. #2
    O homem das Babes! Avatar de RCS_007
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    Boa review Gyzdark.
    A primeira coisa que notei logo, tendo já testado anteriormente vários xiaomi piston, os quais não gostei muito por falta de clareza etc,etc, foi o balanço e melhoramento da zona dos agudos e médios. Neste caso há um melhoramento tremendo nessa areas.
    Quanto ao Bass também é um bocado melhor que os outros da xiaomi, mas mesmo assim falta aquele pequeno punch que eu gosto de ouvir em certas musicas. Como tenho o VIPER4Android foi só mexer em umas settings e ficou Top.
    Eu por acaso quero ver quando acabar o "burn in" dos meus, quero ver como é que fica o som depois.

 

 

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